jueves, enero 5

Da Noite me Despeço.

Estarás ainda aqui guardando o que eu permito que se esvaia durante o sonho. Prometa. Necessito dessa surda promessa. Imponha-me ao amor, que seja por mim, por você, que não seja por nada. Faça-me sentir como antes.

Durante a noite sinto os maiores medos de minha vida, de nada valem as coisas que escrevo e estas não tem o pesar necessário, não tem a morte. O silêncio na boca do abismo, na boca do abismo eu me encontro no estômago. E que não faça o menor sentido tudo isso. Estou pronta para esta sua loucura que não te cabe em espaço, lhe é inteira.

Dê-me algumas doses.

Sapatos. Nesse instante em que acordo, necessito deles. Rumo. Os sapatos me dão rumo em direção aos teus olhos e o que poderia eu mais dizer ou agradecer a eles?

Chores meu nome, que digas meu nome. E qualquer hora que seja essa, estarei eu pronta para saltar no abismo infinito de teu peito.


Carolina Burnier

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