Sustentava os vícios do seu corpo como uma breve oração a sua carne. O rosto sempre lhe destacou os olhos. Profundas prisões nessas cavidades de íris. O seu corpo era feito para impor os limites do cérebro.
Qualquer objeto poderia transpor o indefinido, pois se basta para isso imaginar a intransponível barreira a partir de materiais dóceis ao afago das mãos.
Involuntário. Cada um possui seu próprio cadafalso, e o que te ditam nos livros são os “absolutos” de todos os séculos. E mesmo que houvesse grilhões passados e artifícios do estático, nunca falei outra língua que não a do seu corpo.
Carolina Burnier
2 comentarios:
uma língua universal...
mas sem dicionário!
Nossa, mais que honra esse comentário de tão nobre ator.
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