E que me olhas tão constante
nesse meio inverno, nessa esquina concreta que dobro e não retorno a tua rua.
E essas bobagens que inventamos
para não falar sobre... a letra seguinte que nos carrega e assusta tanto, mas de
cores me transborda inteira por sobre qualquer superfície.
Superfície. Essa variedade de
dimensão onde eu sempre me esparramo inteira e por sobre minhas pernas, suas
coxas mal jogadas por cima de mim mesma. Eu entrando no fixo-fluxo-pele que
exala você inteira.
Essa completude dos sentidos, “reee-sentidos”,
sentir novamente por muitas vezes o sentir de novo, o novo que me arrasta a um
outro eu por tantas vezes ressentido.
Essa brisa enorme que entra pelo
adentro de nós. Permita esse ressoar-sentido, porque esse é o meu vento
adentrando também. Só peço que me deixe ventar e eu prometo que não te arrasto
para dentro do olho. Talvez um pouco de chuva para que haja dança e talvez
festa, tavez amor. Quem sabe amor com a ventania enorme.
Só peço que me deixe ventar de
leve.
Um pouco assim.
Quase assopro.
Carolina Burnier
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