martes, noviembre 27



E que me olhas tão constante nesse meio inverno, nessa esquina concreta que dobro e não retorno a tua rua.

E essas bobagens que inventamos para não falar sobre... a letra seguinte que nos carrega e assusta tanto, mas de cores me transborda inteira por sobre qualquer superfície.

Superfície. Essa variedade de dimensão onde eu sempre me esparramo inteira e por sobre minhas pernas, suas coxas mal jogadas por cima de mim mesma. Eu entrando no fixo-fluxo-pele que exala você inteira.

Essa completude dos sentidos, “reee-sentidos”, sentir novamente por muitas vezes o sentir de novo, o novo que me arrasta a um outro eu por tantas vezes ressentido.

Essa brisa enorme que entra pelo adentro de nós. Permita esse ressoar-sentido, porque esse é o meu vento adentrando também. Só peço que me deixe ventar e eu prometo que não te arrasto para dentro do olho. Talvez um pouco de chuva para que haja dança e talvez festa, tavez amor. Quem sabe amor com a ventania enorme.

Só peço que me deixe ventar de leve.

Um pouco assim.

Quase assopro. 


Carolina Burnier

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