lunes, noviembre 12




Cercava com seus braços, abraços, braços o outro órgão pele, da minha sua crosta que envolve o corpo. E os olhos pediam com tamanha força que este movimento continuasse e acabou por ficar ali diante dos outros, dizendo coisas abrandadas pela voz.

E que marejassem as quatro pupilas nesse grande vazio de cor. E que unificassem os dois extremos.

Era dobrada esta vontade de dizer coisas, de mostrar-se dependente também. E ficaram duas, ficaram até que a luz brotasse e se soltasse dos corpos e ganhasse tamanha força. Nesse momento em que foi possível todos verem o que escorria daquele movimento contínuo. E alguns instantes depois, rapidamente inundaram a sala e os restantes dos cômodos.

Esse líquido revolvia-se luminoso e espesso. Transbordaram de si mesmas, derramaram-se uma na outra. E todos os poros agradeceram aquela estranheza humana do toque, porque nem ao menos se importaram com as cicatrizes da ausência de tantos tempos idos, porque não tiveram o pudor do retorno das palavras.

E não teriam jamais esse resquício da não tentativa, do não dizer e colocar-se covardemente  morto diante do outra, sem nenhuma expectativa de nada, porém que talvez fizessem simplesmente o contrário disso tudo e teriam as sobras desse sujeito uno que agora imperava e sempre me falava de forma simples, “Conte-me de onde paramos com essa trivialidade das palavras.”.

 E eu te diria bom-dia (meu bem). Nada além que um início de um maravilhoso dia (mais um dia) de entrelinhas (este único santuário dos descumprimentos[salvos{nos escombros de uma única frase}] ) .

Bianca Burnier

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