A memória nos prega peças, bem
naquele exato momento onde tudo indica um início de reabilitação.
Alguém sem rosto passa por nós
ensurdecido, não é humano, carrega cheiros, uma tatuagem na perna talvez.
E bem nesse instante que abrimos
esse corpo, lia-se “eu te amo”, postal de outro país. Uma pintura de mulher. “Parece
contigo)
parece com você. te amo no final
do postal, nas costas da pintura.
No final
E por mais esforço que se faça
para lembrar, não sabemos se no momento exato chegamos a perceber esses sinais. talvez
Possa ser,
que
por coincidência sempre estivesse
você no meio
lê do caderno
no momento errado
porque a superação por esquecimento
e existe em nós em matéria estranha
separação
e a ordem do amor supera os
produtos e em nós mesmos refazemos de novo. E sempre de novo, de caos
redundante de novo.
E que possivelmente nos recorre a
possibilidade de retornar a carta achada dizendo.
“Não
lembro de ter visto esses escritos,
mas
eu também te amo”
(ainda me pareço com a mulher do
postal...)
E no canto da folha,
Quando é que você volta
daí?
Tenho
saudades nega
(de você.
1 comentario:
senti teu cheiro lendo esse poema.
e cheiro de saudade
Publicar un comentario